Letras


Cada dia mais (André Paz e Róger Wiest)

Intro E9   Em7(b5)

E9
Cansei do prédio que mora
         Em7(b5)
Em frente a mim
E9
O barulho que come e engorda
            Em7(b5)
Cada dia mais e mais
A9
Eu deixei o vento lá fora
B7
Eu deixei o vento lá fora
      E/G#
E agora?
E/G              F#m     B7
Onde ele pode ir?
E                         Emaj7  E
Não deixei a chuva cair

C#m7                  Dº         F#m7(11)

Não deixei a chuva vir
        G9
E reguei as flores
      B7
Na ilusão do quarto

E
Mas a tua presença aponta
E7
E lá eu posso ir
A                                      C9
Falta um pouco de vontade, sei
F#m7(11)       B7
Melhor dormir





Ela me disse (André Paz e Ròger Wiest)

D Dsus2 A (ad infinitum)

Ela me disse que andava a pé e solitária
Disse que ia a pé pro rio à sola e solamente, só lá, ela ia casar
Casamento com bolo, banda, bugiganga braba, barril, barraco, briga
Brigando apavorou a velha que veio voando, variando, valente no pescoço dela
Era a mãe do rapaz
Disse que ia a pé pro rio pra se encontrar
Outra saia apareceu por lá
E fez o rapaz se arrastar
Pensando bem, ela me disse, que não quer mais ir
Melhor ficar a pé, andando por aqui




Canção do pó (André Paz)

Intro: Bm  Dsus4
         
             Bm
Dizer não
                                              Em7
Pra quem não quer ouvir
      F#7                                                      Bm  Dsus4
O som que faz o som do nosso pó
                 C#m7(b5)          
Meu pulmão
F#7             Bm
Cheio de ar
      Dsus4      C#m7(b5)          F#7                      Bm       
Recebe carícias desse pó que cai de ti
    Dsus4      Em7        Bbº           
E eu devaneio só
                     Am E/G# E/G
A te suspirar
                               F#7
Ouvindo a canção do pó
                     Bm
A susssurrar



Quem me dera (Ròger Wiest sobre o poema de Fernando Pessoa)

Quem me dera que a minha vida fosse um carro de bois
Que vem a chiar manhazinha cedo pela estrada
E que para de onde veio volta depois
Quase a noitinha pela mesma estrada

Toca que essa vida guiada espera
Certa de onde vai chegar
Roda que quer girar

Quem me dera que a minha vida fosse um carro de bois
Eu não tinha que ter esperança, tinha só que ter rodas
A minha velhice não tinha rugas nem cabelo branco

Quem me dera que minha vida fosse um carro de bois
Quando eu ja não servia mais tiravam-me as rodas
Ficava virado e partido no fundo de um barranco

Quem me dera que minha vida fosse um carro de bois


Coruja (André Paz)

Intro: Em Em9 Em(b5) Em

Em Em9 Em(b5) Em
Passo as noites perguntando
Cruzo os dias numa caixa
C9                                        B7
Sinto o frio da madrugada
                                    Em Em9 Em(b5) Em
Me deixar soturno

Em Em9 Em(b5) Em
Como pães feitos de barro
Bebo sangue, suor e lágrimas
C9                               B7
Vejo o louco alienado
                                          Em Em9 Em(b5) Em
Me mirar no espelho

C9                            B7
Sei que ela me dá
             Bbº                      Em7
Covardia, dias de horror
C9                             B7
Mas tomo esse trago
                Bbº                      Em7
Corpulento, lento de amor

Procurando coisa braba
Com meu laço sem maneio
Amanheço longe de casa
Com uma fala à toa



A criatura (Róger Wiest)

Ali, a arma que pode fazer morrer
Tão só, que assim a morte é mais cedo
Medo, que ela me encontre primeiro
Ouvi falar sobre o poder que ela tem
Ninguem voltou de lá
A sorte é de quem levar

Aqui no mato quem mata anda só

Andei pelos caminhos tortos que ela abriu
Achei restos de outros momentos
Presos no meu calçado de medo
Rezei como quem nunca teve muita fé
Ouvi alguém chamar:
-  Não vê que ela ta lá

A criatura, não sei se sou eu o ela
A criatura não sabe rezar




Cadabicho (Róger Wiest)

Cada bicho, cada bicho que vejo leva um risco diferente no olho
Cada bicho, cada bicho é sempre um risco diferente que corre
Cada bicho,  corre da gente
Cada bicho, cada bichocada
cadabicho cada
cadabicho cada
cada bicho cadabicho cadabicho

É tanto bicho que não vale o risco
Tem bicho que é quase gente
Gente que não vale o lixo que larga


O velho e o mar (Róger Wiest)

Onde estará este velho do mar
Não voltará
Se lançar, se lançar
Onda que vem levar sua vida

Vento que sopra querendo parar
O lobo do mar
Arrastar arrastar
Antes que possa achar a saida

Noite que não trás ajuda
Névoa que embassa o olhar

Ele não tem dó
Ele vai atrás
Esse velho guerreiro não cança
Ele é só esperança

Ele não tem dó ele vai atrás
Lá no fundo azul foi encontrar
O maior desses monstros do mar
O maior destes monstros

Voltar é presente do mar
Onde estará esse velho do mar


Una vez más (Róger Wiest)

Una vez más
Una vez más
Una vena expuesta
Un camino largo demás

Una vez más
Una vez más
Una vena expuesta
Pura falsedad

Repetir, repetir el movimiento
Que hace que el momento sea la unica verdad

Nena no se puede parar



Schnaps! (André Paz e Róger Wiest)

Dm
Spritzbier, spritzbier
A7
Spritzbier, spritzbier
Dm
Spritzbier, spritzbier
A7
Spritzbier, Britney Spears
G                   F                   E7   A7
Schnaps! Schnaps! Schnaps!


Dm
Steinhaeger, steinhaeger, steinhaeger, Ünderberg
A7
Grapa!
Dm
Steinhaeger, steinhaeger, steinhaeger, Ünderberg
A7
Grapa!
Dm
Bockbier, altbier, malzbier, bier
A7
Weiss
Dm
Doppelbock, bockbier, altbier, bier
A7
Weiss

G                    F                    E7   A7
Schnaps! Schnaps! Schnaps!




Encapsulada (André Paz)

Intro: Cmaj7 C6(11#) C5 C9(b5)

Cmaj7                                          C6(11#)
Fica empasmecida perto do jardim
Cmaj7                                           C6(11#)
Clareia o olho antes de titubear
C5                                   C9(b5)
Prevê e antecede o tempo que ruiu
C5                                                  C9(b5)
Se senta enraivecida pra esperar chegar
Cmaj7                         C6(11#)

F                        F#º
Pode chover   
G                          F                                                   Cmaj7 C6(11#) C5 C9(b5) 
Que esses cabelos já não molham mais
 
Cmaj7                                  C6(11#)
Onde ela foi se tudo mais parou
Cmaj7                                                  C6(11#)
No brilho dessa pausa conseguiu erguer
C5                                               C9(b5)
Um forte protegido pelas suas mãos
C5                                        C9(b5)
Que cede pela curiosidade de se ver
Cmaj7                         C6(11#)


F                     F#º
Pode chover   
G                     F                                                    E9
Que esses cabelos já não molham mais

                              F#m    Bbº       G          C
Louca, faz besteira sai dizendo sim
Bbmaj7                                                                Dm
Assim de revesgueio pra ninguém olhar
Bbmaj7                                                        Dm
Arrasta esse bocó que pode ser avô
Bbmaj7                                   Asus4         A7
Que fica de colchão se ela desmaiar

F                     F#º
Pode chover   
G                     F                                                    Cmaj7 C6(11#) C5 C9(b5) 
Que esses cabelos já não molham mais

Cmaj7                                    C6(11#)     Cmaj7 C6(11#)
E essa chuva encapsulada, de nada
C5      C9(b5)  C5     C9(b5)         Cmaj7 C6(11#)
Tá passando como todo verão
                      C5 C9(b5) 
Todos verão





Para de te acostumar (Róger Wiest)

Se eu peço pra zelê
Zelê não quer saber me passa pra Dedé
Se eu peço pra Dedé
Dedé não quer me responder
Se eu peço pra você

Se eu peço pra você
Cê não quer nem me ver nem se comprometer
Se peço pra meter
A mão no bolso pra comer
Se mando se catar

Para de te acostumar
Isso não cabe mais no peito

Zelê não zela
Dedé nos dedura
Quer confessura
Controlar o pau

Você não voca People
Fica na reza
Reza não resolve não





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