Vinte e quatro horas depois de ótimas novidades, consigo parar em frente ao computador e refletir sobre os últimos acontecimentos.
Dois dias: quarta e quinta. A Quiçá, se fosse se junta ao trio instrumental Quarto Sensorial para fazer um show de cinco integrantes pela segunda vez. Agora na Sala Álvaro Moreyra, um espaço cênico que nos possibilitou mostrar com mais nuances o resultado dessa parceria entre cancioneiros tocadores e instrumentistas cantantes. O último post do blog resumiu em algumas palavras a sensação que tivemos ao tocar com uma banda novamente.
Mas a quinta-feira nos reservava mais novidades: saiu a notícia de que a Quiçá, Se Fosse tinha sido indicada ao Prêmio Açorianos de Música. E em duas categorias: DVD do Ano e Revelação do Ano. Foi uma ótima surpresa. A importância de um reconhecimento oficial do trabalho que realizamos com tanto esforço é sempre muito bem-vinda. E agora a melhor ironia (e felicidade): concorremos na categoria Revelação com a Quarto Sensorial. O que tornou a apresentação de ontem muito especial. Estávamos dividindo o palco com nossos parceiros, que agora se tornaram rivais.
Confesso que sempre achei complicado premiações artísticas. Se estivéssemos apostando uma corrida, é bastante claro dizer quem merece ganhar o prêmio e quem não o merece. No caso artístico, as variáveis são tantas, mas tantas, que fica impossível definir o "melhor". Mas isso não é algo que me preocupa. Por mais piegas que pareça, somos todos vencedores. Só quem sente na pele as dificuldades de se fazer arte, e tentar sobreviver dela, sabe que essas indicações são sinais de uma vitória. Quem leva o prêmio, é apenas um representante da categoria.
Chegando em casa, no fim da noite, vejo um post do Juarez Fonseca, crítico musical, comentando o DVD da Quiçá que foi indicado à DVD do Ano. Isso foi algo muito especial, inédito até então. Não pela crítica ser positiva, mas por ser alguém que nos passou a sensação de que realmente assistiu o material e comentou seus pormenores, avaliou e percebeu as ideias que motivavam o trabalho.
Na realização desse material, nunca pensamos que estaríamos concorrendo com nomes de peso como Borghetti, Kleiton & Kledir, Adelar Bertussi e Caetano Silveira. Um material produzido na sala do meu apartamento, sem o envolvimento de nenhum “expert”, mostra que o caminho escolhido por mim e pelo Róger não é tão absurdo assim. Mas é como eu disse lá em cima: quem leva o prêmio, é apenas um representante da categoria.
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